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A igreja e seu construtor

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Mateus 16.13-20

1. A igreja é edificada sobre a grande verdade que o Espírito Santo revelou a Pedro (v.16).

2. A Pedra é o próprio Jesus (1 Pe 2.4-8).
Ele é a pedra angular: a pedra que fornece o ângulo e o alinhamento da construção.
Ele é a pedra viva (v.4)
A sustentação da casa espiritual (v.5).
A pedra rejeitada pelos construtores, mas aprovada por Deus (v.7 c/ Is 20.16).

3. A igreja como casa de Deus nunca fracassará, pois seu fundamento é firme (Hb 3.6);
Construída sem ruído ou barulho (1 Rs 6.7).
Os primeiros apóstolos lançaram os fundamentos dessa casa (1 Co 3.10-11; Ef 2.20; Rm 15.20).

F.F. Bruce define a palavra igreja da seguinte maneira: “A palavra grega ekklesia tinha o mesmo sentido da palavra hebraica keneseth e da aramaica kenishta, “sinagoga.” Mas ekklesia tem uma conotação gentílica com fundo judaico. Em várias cidades o termo ekklesia referia-se à câmara municipal quando legislava os assuntos da cidade. (Assim, a câmara municipal de Éfeso é mencionada pelo termo Ekklesia, “assembléia” em Atos 19.39.) Na versão dos Setenta, contudo, a versão grega do texto hebraico feita nos séculos anteriores antes de Cristo, Ekklesia foi usada em substituição à palavra hebraica qahal, a “congregação” de Israel, a nação com sua característica teocrática, organizada como comunidade religiosa. A escolha desse termo indicava que os primeiros cristãos estavam convencidos de que era os sucessores legítimos do verdadeiro Israel…” 1 Era, portanto, uma palavra usada entre os gregos para designar um corpo de cidadãos “reunidos”, para tratar ou discutir os negócios de estado. Estêvão usou esta palavra para falar da congregação de Israel no deserto (At 7:38). A mesma palavra é usada em relação a Israel.
É preciso revelação para descrever a Igreja como um corpo e ligá-la, de forma especial ao corpo místico de Cristo. Paulo fala da igreja que é o seu corpo (Ef 1:22; 5:23) e é preciso revelação também por parte dos crentes para entender essa inclusão mística em Cristo.

Temos a garantia de Jesus que preservará e manterá sua igreja.
Isto quer dizer que a igreja sempre terá inimigos que lutam contra ela, tentando impedi-la de caminhar. Essa oposição é chamada de portas do inferno, a cidade do inferno (Sl 83.4).
A certeza de que o inimigo não conseguirá nos vencer! Enquanto o mundo existir Cristo Terá uma igreja que o representa!
A certeza de que ele estabelece governos na igreja (At 20.28). Nenhuma cidade consegue subsistir sem alguma forma de governo. Por isso (a) ela tem poder sobre o mundo espiritual (Jesus deixou instruções At 1.3).
Chave é autoridade! (Is 22.22).
Poder para amarrar e soltar! (Sl 105.21-22).

As chaves do reino são:
(1) Chaves do conhecimento (Ef 3.10).
(2) Chaves da disciplina: os ministros de Cristo têm o poder de incluir e de tirar da igreja todos quantos não andam conforme seu ensino! “Ligar e desligar”.
Têm poder de restaurar a vida de uma pessoa na igreja!

Conclusão:
A igreja jamais irá falir! Ela permanecerá para sempre! Minha experiência de quando Deus me falou sobre sua igreja!

João A. de Souza Filho – Porto Alegre, RS

Um ano inteiro baseado na Bíblia! ou a Vida inteira?

> A.J. Jacobs não é um homem religioso. Ele é judeu, mas é como não se fosse. Ele é um colunista da fantástica Esquire, e decidiu viver um ano inteiro da sua vida baseada na Bíblia, colocando em prática os ensinamentos mais conhecidos (ame o próximo) até os mais desconhecidos (não use roupas com fibras misturadas). Ele transformou a sua história em um livro (é claro que a idéia era transformar a história dos 12 meses em um livro) cheio de caridade, castidade e roupas estranhas. “Foi um ano surpreendente para mim. Mudou a minha maneira de ver as coisas. Eu fui surpreendido pela relevância de algumas leis da bíblia para a vida moderna.” Ele tá falando sério… O livro é um misto de comédia com seriedade. Um dos melhores livros do ano.

Fonte: Bizrevolution

Kaká um futuro pastor

ESTA é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 1 Timóteo 3:1

Estamos encantados pelo que ele faz em campo e por como ele se apresenta fora de campo. Por isso, não há nenhum motivo para ele renunciar ao Milan ou para o Milan renunciar a ele – disse Silvio Berlusconi, presidente do Milan, após o clube sagrar-se campeão do Mundial da Fifa neste domingo.Além disso, virou um fenômeno de marketing, um xodó dos anunciantes. É o jogador do Milan que mais vende camisas. Sua imagem está ligada a grandes empresas de material esportivo, moda e bebidas.- É difícil imaginar como uma marca possa se dar mal ao associar sua imagem à do Kaká. Hoje ele é referência de talento, ética, bons valores, profissionalismo… Tudo o que se espera de um bom cidadão, um bom atleta, um bom exemplo, um bom filho, bom genro… – disse Rui Branquinho, co-presidente da W/Brasil.ReligiãoApós as grandes conquistas na carreira, Kaká sempre mostra uma camisa branca com a frase: “I belong To Jesus”, que significa “eu pertenço a Jesus”. Foi assim, por exemplo, no último domingo, durante a comemoração da conquista do Mundial de Clubes da Fifa, pelo Milan.O meia do Milan é um jogador muito religioso. Kaká lê a Bíblia regularmente e gosta de música gospel. No fim de 2005, o jogador se casou com Carolina na Igreja Renascer de Cristo, em São Paulo. Kaká freqüenta a igreja desde os 14 anos.A fé do jogador aumentou em 2000, quando sofreu uma queda de um toboágua em Caldas Novas, fraturou uma vértebra e sofreu com o risco de ficar paraplégico. Mas tudo só passou de um susto. O jogador se recuperou, e seis meses depois estreava como profissional pelo São Paulo. Era o inicio de uma carreira de sucesso no futebol mundial.FamíliaKaká valoriza a família. Não vai para as boates ou troca a noite pelo dia. O meia tenta manter a privacidade. Gosta de ficar em casa com a esposa Carolina Celico, que conheceu quando ainda jogava no São Paulo. Vê filmes no DVD como “À espera de um milagre” e “Homens de honra”, dois de seus favoritos. Ou séries como “Friends”. Além disso, lê a Bíblia e escuta música do estilo gospel. Entre elas, as da banda Renascer Praise.A história de Kaká não é a de um jogador pobre que saiu do gueto e venceu na vida pelo futebol. O meia cresceu em uma família de classe média alta de São Paulo e aprendeu a jogar bola em colégios particulares. E jogou em uma escolinha de futebol à beira da Avenida Sumaré e por uma equipe infantil de Alphaville antes de ir para as divisões de base do São Paulo.Além das vitórias dentro de campo nesta temporada, Kaká também fez um golaço fora dele. O meia descobriu neste mês que a esposa Carolina está grávida. Será o primeiro filho do casal, que mora em Milão, na itália.
Fonte: Globo Esporte

Moldado para servir a Deus

Neuber Lourenço

Efésios – 2 – 8 : 10

“Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos” Efésios 2:10 (NVI)
“Foram as tuas mãos que me formaram e me fizeram” Jó 10:8 (NVI)
Dons Espirituais Paixão Habilidades Experiências Pessoais
“Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros” 1 Pedro 4:10 (NVI)

MEU QUARTO PROPÓSITO É:
SERVIR

MINISTRAR
“A atitude de vocês deve ser igual a minha, porque eu o Messias, não vim para ser servido, mas para servir, e dar a minha vida por muitos”
Mateus 20:28 (BV)

APRENDER A SERVIR COMO JESUS

1) SERVIR JESUS SIGNIFICA ESTAR DISPONÍVEL
Dois cegos… puseram-se a gritar: “Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!”…Jesus parando, chamou-s e perguntou-lhes: “O que vocês querem eu lhes faça?” Mt. 20:30-32 (NVI)
“Não diga ao seu próximo: “Volte amanhã, e eu lhe darei algo”, se pode ajudá-lo hoje”. Provérbios 3:28 (NVI)

Primeira barreira: EGOCENTRISMO
“Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros.” Filipenses 2:4 (NTLH
Segunda barreira: PERFECCIONISMO
“Se você esperar que tudo fique normal, jamais fará qualquer coisa.” Ec. 11:4 (BV)

Terceira barreira: MATERIALISMO
“Nenhum servo pode servir a dois senhores.. vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”. Lucas 16:13 (NVI)

1. SERVIR COMO JESUS SIGNIFICA SER GRATO
“Jesus olhou para cima e disse: “Pai, eu te agradeço porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves, mas disse isso por causa do povo que está aqui, para que creia que tu me enviaste” João 11:42-43 (NVI)
“Servi ao Senhor com alegria…” Salmo 100:2 (ARC)
“Foi ele quem nos salvou e nos escolheu para o seu santo trabalho, não porque merecêssemos, mas porque esse era o seu plano muito antes do princípio do mundo”.
2 Timóteo 1:9 (BV)

Primeira barreira: COMPARAÇÃO
“Quem é você para julgar o servo alheio? É para o seu senhor que ele está em pé ou cai. E ficará em pé, pois o Senhor é capaz de o sustentar.” Romanos 14:4 (NVI)

Segunda barreira: CRÍTICA
“Cuidado! Não pratiquem suas boas obras publicamente, para serem admirados, porque então vocês perderão a recompensa do seu Pai do céu.” Mateus 6:1 (BV)

3. SERVIR COMO JESUS SIGNIFICA SER FIEL
“Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer” João 17.4 (NVI)
“O que se requer destes encarregados é que sejam fiéis .” 1 Coríntios 4:2 (NVI)
“Portanto, meus queridos irmãos, já que é certa a vitória futura, sejam fortes e firmes, sempre produzindo muito no trabalho do Senhor, pois vocês sabem que nada do que vocês fazem para o Senhor é desperdiçado, como aconteceria se não houvesse ressurreição” 1 Co. 15:58 (BV)
“Ele não esquece o trabalho que vocês fizeram nem o amor que lhe mostraram na ajuda que deram e ainda estão dando aos seus irmãos na fé”. Hebreus 6:10 (NTLH)
“Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu Senhor!” Mateus 25:21 (NVI)

4. SERVIR COMO JESUS SIGNIFICA TER O CORAÇÃO DE DEUS

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Quando Pregar

1. Suba a plataforma bem preparado.

2. Comece com calma .

3. Prossiga de modo modesto.

4. Não se desfaça em gritos.

5. Não trema.

6. Vale com clareza, sem declamar.

7. Não levante demais a voz.

8. Empregue frases curtas e bem claras.

9. Evite a monotonia.

10. Seja sempre senhor da situação.

11. Não empregue sarcasmo nem outras expressões maliciosas.

12. Não ataque hostilmente.

13. Ande com a devida dignidade.

14. Não provoque risadas, tornando-se palhaço.

15. Não se elogie a si mesmo.

16. Não ilustre com narrações longas.

17. Não canse os ouvintes com discursos extensos.

18. Não se afaste do texto e do tema.

19. Procure suscitar o interesse.

20. Fale com autoridade, mas não em tom de mando.

21. Fixe o olhar nos ouvintes.

22. Não crave os olhos nem no chão nem no teto.

23. Não fixe o olhar em algum ouvinte particular.

24. Adapte os gestos às palavras.

25. Não seja teso e rígido com uma estátua.

26. Não faça gestos ridículos.

27. Não ande sobre a plataforma com passos gigantescos nem de gatinhas.

28. Não ponha as mãos nos lados nem nos bolsos da calça.

29. Não brinque com algum botão do paletó.

30. Não comece cada frase tossindo.

31. Evite o vestuário janota, porém use colarinho limpo.

32. Não diga repetidas vezes: “Logo vou terminar,” mas diga o que tiver a dizer e o assunto estará concluído.

Que tipo de louco você é?

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“Loucos produtivos são gênios. Loucos ricos são excêntricos. Loucos que não são nem produtivos nem excêntricos são apenas loucos. Gênios e loucos estão ambos no meio de um profundo oceano; os gênios nadam, os loucos se afogam. A maioria de nós está sentada tranqüilamente na praia. Vá em frente, molhe os seus pés!” (Michael J. Gelb).

A loucura, às vezes, é essencial para que o ser humano produza, cresça, realize feitos que de outra forma ele não poderia, pois o bom senso e razão não lhe deixariam correr riscos, ousar. Há um tipo de loucura que tem sido o responsável por grandes conquistas e realizações ao longo da história da humanidade. Não qualquer loucura, mas a loucura inteligente, a loucura acima descrita na citação de Gelb.

Todo empreendedor, todo sonhador além da compreensão de seus pares, em determinado momento é considerado louco. Alguns são loucos em todos os momentos. Foi assim com todos os grandes inventores, pensadores e transformadores da história humana, principalmente quando envolvia ameaça ao status dominante em determinado setor ou atividade da vida em comunidade.

Muitos daqueles a quem hoje nós reputamos como gênios, rendendo-lhes tributos e honrando-lhes a memória, foram loucos varridos em seu tempo. Ou melhor, tidos como loucos e execrados pelo poder reinante de então, seja em termos de conhecimento, política, educação, economia ou “verdades” e “absolutos” científicos. Será que não é assim até hoje?

Nesses termos, são os loucos quem muito contribuem para o avanço e crescimento da humanidade. Por outro lado, são eles quem destroem o planeta, pondo em risco toda a existência humana. São eles também que provocam a reação dos não loucos, na maioria das vezes fazendo-os enlouquecer também, ainda que por outro lado.

Em todo caso, ruim mesmo é ser somente louco, nem gênio nem excêntrico. Ruim é ser um louco corriqueiro, vulgar, que não chama a atenção de ninguém e que não contribui para nada significativo. Até para ser louco é preciso ser portador de uma loucura decente, que valha à pena. Louco por louco muitos são, mas é preciso saber para que serve essa loucura.

E parece que é no meio do oceano profundo, como diz Gelb, que as verdadeiras loucuras se expressam, tanto para um lado como para outro. É aí que saber nadar faz toda a diferença. Mas nadar para onde, e nadar por quê? É possível que a loucura os faça nada para uma margem, uma praia inexistente. E se ele não parar de nadar, ficará nadando indefinidamente no mar da vida, de um para outro lado, cortando as ondas, mas sem porto e sem destino certo. Esse é um tipo de loucura que acontece muito freqüentemente.

Outros loucos somente se afogam, e esses não merecem comentário. Mas, dentre os que nadam, há categorias diferentes. Além dos acima mencionados, há os que nadam para alvos “loucamente” definidos, para luzes de portos e faróis distantes, mas nadam. Há os que nadam juntos, agarrados uns aos outros. Há os que nadam, nadam, e morrem na beira. Há os que nadam e depois decidem se exibir, fazendo acrobacias aquáticas, extravagâncias, e aí, de exaustos, afundam. Há os que tentam nadar afundando e neutralizando outros, e às vezes são eles puxados para o fundo; descem juntos.

Estar na água, contudo, é um aspecto nobre da loucura, pois mostra a coragem de correr riscos, de lutar, de ousar. É desse oceano de loucos que saem as maiores e as piores realizações da sociedade humana.

Pior mesmo, sem dúvida, sãos aqueles “não loucos” que ficam sentados tranqüilamente e em segurança na praia, enxutos, protegidos do frio da água e dos perigos do mar. A maioria, infelizmente. São esses que nada realizam, nada perdem, nada ganham, somente atrapalham os loucos que querem produzir, ao mesmo tempo que dão sustentação para os loucos varridos que controlam o mundo.

O conselho de Gelb é importante, tão louco como toda esta história, mas muito oportuno: “vá em frente, molhe os seus pés!”. É molhando os pés que a coragem vem, o gosto pelo mar aparece, o desejo de nadar ou aprender a nadar cresce, e os sentados confortáveis enlouquecem de vez. Nesse sentido, enlouquecer é preciso, e que a loucura nos faça melhores e mais humanos, mais produtivos.

O apóstolo Paulo fala de uma loucura boa, a loucura da pregação. É por ela que Deus salva os que crêem (I Coríntios 1.21). Ele diz também que a sabedoria desse mundo para Deus é loucura (I Coríntios 3.19).

Jesus foi mal visto, reputado como louco no seu tempo. Achavam-no pretensioso, amigo de pecadores (e de pescadores), beberrão, comilão, usado por Belzebu para realizar milagres. Mas Ele não se deixou parar pelas mentes “sãs” e os comportamentos tidos como sábios na Sua época. Fosse em termos religiosos, sociais, econômicos, políticos, Jesus foi de encontro ao sistema estabelecido. E molhou Seus pés. Sim, como molhou. Pregando, curando, denunciando, transformando tudo a Sua volta. E até andou sobre as águas.

“Vá em frente, molhe os seus pés!” Ande sobre as águas, se preciso, mas faça alguma coisa que perdure, que justifique a sua loucura: por Jesus, para Jesus e como Jesus.

 

Ivanildo Gomes: Pastor adjunto na Igreja da Paz Fortaleza ( www.igrejadapaz.com.br ). Enquanto advogado e educador, exerce funções jurídicas, de ensino e publicações em prol do Reino de Deus, na igreja e para a igreja. É membro do Comitê de Lausanne para a Evangelização Mundial. É casado com a Pra. Cléa Gomes e pai do Victor Samuel. ( ivansgomes@gmail.com )

Irmãos de frente para o Crime

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Os cristãos evangélicos vêm ganhando o respeito dos membros do crime organizado nas favelas do Rio de Janeiro e estão entre os poucos que conseguem enfrentá-los, segundo afirma reportagem publicada nesta terça-feira pelo diário americano The Christian Science Monitor.

O jornal relata o trabalho de um grupo de evangélicos da favela da Mangueira que tenta convencer traficantes de drogas a deixarem as armas e se converterem.

“O propósito do grupo não é combater o crime, mas converter o máximo de gente possível. Mais lei e ordem são comumente um subproduto”, diz a reportagem.

“Nas favelas do Rio, abarrotadas de homens e mulheres às margens da sociedade, eles encontram um campo fértil. Para gente de fora, eles são chamados de ‘os evangélicos’, e em sua maior parte as pessoas das favelas não contestam seu trabalho missionário”, afirma o jornal.

Segundo a reportagem, por razões “teológicas, culturais e pessoais”, os evangélicos ganharam o respeito “dos mesmos criminosos que não pensam muito antes de matar um vizinho de longa data”.

“Então, em uma cidade considerada uma das mais perigosas do mundo, que registra 6.000 assassinatos ao ano e onde a polícia e os militares são vistos, na melhor das hipóteses, com desconfiança, os pentecostais estão entre os poucos que enfrentam o crime organizado”, diz o jornal.

O “Christian Science Monitor” comenta que o Brasil tem mais evangélicos pentecostais do que qualquer outro país da América Latina, com mais de 10% da população se identificando como pentecostais no censo populacional de 2000, quase o dobro do que uma década antes.

Segundo o jornal, uma das razões pelas quais os evangélicos conseguem se aproximar dos traficantes de drogas é que “muitos deles já foram eles mesmos criminosos violentos”.

“Alguns cometeram assassinatos. Seus pastores cumpriram pena de prisão. E, renascidos, eles agora acreditam que sua missão é levar a palavra de Deus às mesmas ruas que antes aterrorizavam”, diz a reportagem.

O jornal diz que, segundo os pesquisadores, “os membros das gangues poupam os evangélicos porque, embora não sigam necessariamente nenhuma doutrina religiosa, eles ainda acreditam em Deus, em sua maioria”.

Uma antropóloga da Universidade do Rio de Janeiro ouvida pelo jornal comenta que o catolicismo tradicionalmente reflete a elite política nas favelas e é visto como tendo feito pouco para combater o crime, enquanto os evangélicos são vistos pela comunidade como uma entidade separada e incorruptível.

“Acadêmicos que estudam o fenômeno dizem que os pentecostais conseguem entrar em áreas onde até mesmo os pesquisadores do censo não vão, não apenas porque vêm dos mesmos bairros violentos, mas porque a maioria das igrejas são entidades independentes e formadas na base, ao contrário da Igreja Católica, que é gerenciada sob estrita hierarquia que começa no Vaticano”, afirma o jornal.

fonte: BBC [via Folha Online]