Um programa de computador criado por uma equipe israelense está dando informações importantes sobre o que os pesquisadores consideram os diversos autores da Bíblia.
O novo software baseia-se num algoritmo para analisar o estilo e a escolha de palavras e assim determinar as partes do texto que foram escritas por diferentes autores. Essa forma de análise e comparação pode mostrar muito sobre os autores humanos do Livro Sagrado.
O programa utiliza um dos sub-campos de estudos da inteligência artificial, chamado de “atribuição de autoria”, tem muitas aplicações em potencial, como o desenvolvimento de novos programas de computador para escritores. Mas a Bíblia é um teste e tanto para os criadores do algoritmo.
Arqueólogos israelenses confirmaram a autenticidade de um ossuário (caixa usada para guardar ossos depois da fase inicial de sepultamento) pertencente à família do sacerdote que teria conduzido o julgamento de Jesus.
A peça, feita em pedra e decorada com motivos florais estilizados, data provavelmente do primeiro século da Era Cristã -tem, portanto, uns 2.000 anos.
A inscrição no ossuário, em aramaico (“primo” do hebraico, língua do cotidiano na região durante a época de Cristo), diz: “Miriam [Maria], filha de Yeshua [Jesus], filho de Caifás, sacerdote de Maazias de Beth Imri”.
Uma igreja cristã do início do período bizantino foi achada por arqueólogos na cidade de Acre, ao norte de Israel. Segundo a Autoridade de Antiguidades, o prédio é do período entre os anos 324 a 638 depois de Cristo, com características bizantinas (o Império Bizantino sucedeu o Romano em poderio no mundo conhecido da época), com cerca de 1.500 anos.
A igreja foi encontrada pela Autoridade de Antiguidades de Israel, órgão governamental responsável pelo patrimônio histórico no que concerne a artefatos e imóveis, que estava investigando uma escavação não autorizada para a construção de um shopping center na área. Diante dos resquícios significantes de ruínas, o órgão resolveu continuar a exploração. Continue lendo Arqueólogos descobrem ruínas de uma igreja cristã em Israel→
Holandês Johan Huibers enviou carta ao prefeito da sede olímpica de 2012 pedindo permissão para atracar embarcação para visitação durante o evento.
Em 1992, uma tempestade na região costeira ao norte de Amsterdã, onde vive, fez Johan Huibers alimentar um sonho. Apesar de a esposa não ter apoiado a ideia, o milionário construtor seguiu em frente. Em 2004, fez uma pequena, de 225m de comprimento, para navegar nos canais holandeses. Mas ainda não estava satisfeito.
Precisava de uma nas mesmas dimensões da de Noé. E ela ficará pronta em julho. Huibers, de 60 anos, enviou uma carta ao prefeito de Londres, Boris Johnson, para pedir permissão para atracá-la na capital inglesa durante os Jogos Olímpicos de 2012.
O objetivo, segundo matéria publicada no “The New York Times”, é que seja aberta à visitação do público. A arca contará com dois auditórios para receber 1.500 pessoas, terá três andares e navegará pelo Tâmisa com animais de verdade.
O holandês quer fazer um convite à reflexão e inspirar estudantes com a história bíblica, mostrando que existe um Deus. Ele iniciou a construção da embarcação em 2008 e fez uso até mesmo de pinho sueco, já que teria sido essa a madeira que Deus ordenou Noé a usar.
Alec Garrard, 80 anos, é um fazendeiro aposentado que vive em Norfolk, na Inglaterra. Ele passou os últimos 30 anos construindo uma réplica do Templo de Herodes em uma escala de 1:100.
Garrad criou réplicas como hobby durante boa parte de sua vida, mas sempre quis fazer algo mais ambicioso. Como sempre se interessou por arquitetura e religião, ele resolveu combinar os dois assuntos e criar uma réplica do Templo de Herodes. O aposentado já havia visto outras réplicas da mesma construção, mas, segundo ele, elas eram imperfeitas.
Ele começou a construção quando tinha mais de 40 anos. Os primeiros anos de trabalho foram dedicados apenas à pesquisa da estrutura, a construção foi iniciada bem depois. Todas as peças foram feitas à mão por Garrad, incluindo os 4 mil personagens vestidos com roupas de época.
Até hoje, Garrad não considera que seu templo é uma obra concluída.
Confira as fotos e responda, nos comentários, se você conseguiria se dedicar a um projeto da mesma forma:
Um artigo publicado pela dupla de pesquisadores Roy Liran e Ran Barkai, da Universidade de Tel Aviv, no mês passado, abre uma discussão sobre a veracidade da passagem bíblica de Gênesis 11 que fala sobre a Torre de Babel. Ela teria existido ou não?
A descoberta em 1952, em Jericó, na Palestina, de uma torre de 8,5 metros seria a prova de que de fato a passagem bíblica estava certa, esse edifício seria um dos primeiros arranha-céus da história da humanidade e poderia ter sido construído para servir ao povo de proteção contra invasões ou como espaço para observação de astros e estrelas.
A recente pesquisa aponta para a possibilidade de que a edificação teria sido utilizada para prever catástrofes naturais – inundações, no caso – e abrigar os sacerdotes, na época os reis, contra elas.
Vere Gordon Childe, filólogo australiano especializado em arqueologia e autor da teoria da revolução neolítica (a Idade da Pedra também é conhecida como Período Neolítico) afirma que a mudança da população saiu da Mesopotâmia, hoje Iraque, (onde a civilização teve inicio e também onde foram inventadas a roda, a escrita e a agricultura) para Jericó devido as mudanças climáticas. Ali, fundaram um dos assentamentos urbanos mais antigos da Terra. Elas teriam chegado lá trazendo na memória um trauma de seus ascendentes, a catástrofe diluviana.
Atualmente, já foram encontradas 31 ruínas de torres na Mesopotâmia. A de Jericó é a única naquela cidade. E o muro em torno dela está estruturado como uma espécie de dique.
O livro de Gênesis relata que um grupo de pessoas vindo do Oriente habitou um vale em Sinar, hoje Iraque, e ergueu uma torre. Para punir a ousadia desses humanos que queriam tocar os céus, Deus fez com que eles falassem idiomas diferentes, tornando impossível a comunicação entre eles e os obrigando a migrar para outros lugares da Terra. Babel, em hebraico, significa confundir.
Um tablete de argila com escrita cuneiforme – um dos primeiros textos da humanidade, datado de 2500 a. C., encontrado no Iraque e traduzido em 1872 – traz um relato controvertido que parece ser um paralelo à história bíblica da Torre de Babel: “…seu coração se tornou mal… Babilônia submeteu os pequenos e os grandes. Ele (uma divindade) confundiu seus idiomas… o seu lugar forte, que por muitos dias eles edificaram, numa só noite ele trouxe abaixo.”
Outro texto cuneiforme, produzido em cerca de 2200 a. C. e publicado em 1968, faz menção de uma época em que havia “harmonia de idiomas em toda Suméria” e os cidadãos “adoravam ao deus Enlil numa só língua… o deus Enki, senhor da abundância… e o líder dos deuses… mudou a linguagem na sua boca e trouxe confusão a eles. Até então, a linguagem dos homens era apenas uma.”
A “Bíblia”, portanto, seria um elo entre a história da Torre de Jericó e as construções anteriores na Mesopotâmia. “Há elementos históricos para supor que algum tipo de dilúvio de proporções catastróficas ocorreu de fato, assim como uma Torre Babel”, diz o arqueólogo Rodrigo Pereira da Silva, que leciona no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). “A história da “Bíblia” tem plausividade arqueológica e histórica.”
Professor do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), André Chevitarese argumenta que a veracidade bíblica não se sustenta pela ciência, mas pela fé. Para ele, um especialista em história das religiões, o autor de Gênesis, diante da multiplicidade de línguas e com os olhos repletos de religiosidade, lançou mão de uma narrativa que passa pela realidade para entender o mundo que o cercava. “Não estou invalidando o discurso bíblico, mas prefiro seguir a linha de pensamento dos teólogos alemães da primeira metade do século XIX. Influenciados pelo racionalismo, eles acreditam que o dilúvio, a Torre de Babel, Caim e Abel, Adão e Eva são formas de exprimir um Deus agindo do ponto de vista literário.” O novo propósito atribuído à construção da Torre de Jericó pela dupla Liran e Barkai, da Universidade de Tel-Aviv, publicado na conceituada revista inglesa de arqueologia “Antiquity”, aproxima o contexto cultural com a Torre de Babel bíblica e abre espaço, se não para a certeza, para a possibilidade histórica de uma passagem das Sagradas Escrituras.
O Centro histórico de Belém, o Caminho da Peregrinação e a Basílica da Natividade, construída no local onde Jesus nasceu, poderão ser em breve reconhecidos como Patrimônio da Humanidade.
A cidade palestina, que a cada ano recebe milhares de peregrinos que desejam conhecer onde viveu o Messias, apresentou sua candidatura para ser incorporada à lista da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e reforçar a proteção de um lugar sagrado para grande parte da Humanidade.
Hamdan Taha, vice-ministro de Turismo e Antiguidades da Autoridade Nacional Palestina (ANP), explicou que esse reconhecimento internacional reflete o quanto “Belém é um lugar de importância inquestionável” e que tal ato beneficiará a conservação da cidade.
Dentro da Basílica encontra-se uma gruta na qual o lugar do nascimento de Cristo está marcado por uma cruz de 14 pontas.
Sua história se remonta no século IV, quando Helena, mãe do imperador romano Constantino, fez uma peregrinação à região e identificou o lugar no qual, conforme a Bíblia relata, Maria “deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”, Lc 2.7.
Constantino ordenou ao bispo Makarios de Jerusalém no ano 325 a edificação de uma igreja, muito pequena, com uma planta octogonal diretamente sobre a gruta, que foi incendiada e destruída quase totalmente na revolta samaritana do ano 529 e reconstruída com sua atual estrutura 36 anos depois pelo imperador Justiniano I.
Ao longo de sua longa trajetória, a Basílica sofreu diversos danos e uma deterioração geral que alertou sobre a importância de frear este processo e fez com que em 2008 o Fundo Mundial de Monumentos a incluísse em sua lista dos 100 lugares em maior perigo.
Restauradores especialistas estudam atualmente as renovações necessárias e preparam um projeto para realizar a maior restauração de sua história, que apresentarão no dia 25 de março.
“O relatório analisará o estado de todos os elementos, tanto os estruturais (teto, colunas, muros) como os decorativos (pinturas e mosaicos)”, explicou o engenheiro chefe do projeto, Issa Murra.
A principal preocupação é o teto de madeira, em estado precário há 200 anos.
Embora ainda não se conheçam os detalhes do projeto restaurador, se sabe que sua fase inicial terá um custo de US$ 1 milhão, que serão recolhidos em todo o planeta.
A candidatura é a primeira deste tipo que prepara a ANP, já que até o momento a única cidade palestina reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Unesco é a cidade de Jerusalém, ocupada por Israel e que obteve essa denominação em 1981.
Os palestinos já anunciaram que, após Belém, proporão uma distinção igual para outras cidades históricas, como Jericó, Hebron, Nablus e Sebastia.
Foi descoberta em Hirbet Madras, em Israel, as ruínas de uma basílica da época bizantina onde poderia estar o túmulo do profeta Zacarias que viveu cerca de 740 anos a.C. A igreja foi descoberta recentemente e foi apresentada pelos arqueólogos israelenses no último dia 2 fevereiro.
Um comunicado o departamento israelense de Antiguidades informou detalhes sobre o achado: os mosaicos do piso estavam bem conservados e eram decorados com motivos florais, de animais, em especial pássaros, e geométricos; e a nave da basílica tinha oito pilares de mármore.
Investigadores tentam descobrir se o túmulo de Zacarias estaria dentro da rede de grutas encontrada sob o edifício, depois da segunda camada de mosaicos.
Os arqueólogos contam que no local existiu uma comunidade judaica na época da revolta de Bar Kokhba, chefe do último levante judeu contra o império romano em 135 a.C.. As escavações tornaram possível exumar um “complexo subterrâneo” e os restos de edifícios desta época, salas e instalações para a água, assim como grutas e túneis onde os rebeldes judeus teriam se escondido.
Também foram encontradas moedas judaicas, lâmpadas e cerâmica dos primeiros séculos depois de Cristo.
O Mar da Galileia é um dos pontos geográficos mais conhecidos da Bíblia. Em Israel ele é chamado de Lago Kinneret, um dos mais profundos lagos de água doce do mundo. Nasce no Rio Jordão e em fontes subterrâneas, e supre muito da água potável do país.
Pedro, Tiago e João lançaram suas redes neste lago,Jesus caminhou sobre as suas águas. É também o maior lago de água doce em Israel.
Agora, vários anos de seca baixaram perigosamente o nível de água. O Ministério da Agricultura de Israel disse que quer proibir as pescas de barco por dois anos porque o número de peixes diminuiu dez por cento do que foi há dez anos.
Estes valores, de acordo com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, criaram um alarme sobre a possibilidade de um desastre ecológico, tornando o Kinneret num lago sem peixes.
A situação real do Lago Kineret
Mas os pescadores veteranos, como Menachem Lev e Yairi Froilich, dizem que as autoridades não conhecem a realidade do lago.
“Ainda há água no lago. Ainda há peixes no lago. As pessoas sentadas dentro das casas do governo não sabem o que acontece no lago”, disse Menachem Lev, um dos pescadores.
Mas o porta-voz da Autoridade Aquática de Israel, Uri Schorr, disse que diferentes tipos de peixes são necessários para manter a qualidade da água: “No Lago Kinneret, o que importa é a variedade de tipos de peixes. Estamos vendo a variedade, e é muito importante para a qualidade da água e para os peixes também”.
Os pescadores modernos usam o sonar para encontrar cardumes de peixes, incluindo sardinhas e tilápias, que nesta região são conhecidos como os peixes de São Pedro. Redes enormes são lançadas e, logo em seguida, são puxadas de volta com instrumentos mecânicos e os peixes são transportados ao barco manualmente.
“Ganhamos dinheiro, temos peixes e todos podem vir e ver quantos peixes temos neste lago”, diz Menahem.
Um lago cheio de surpresas
Mas o especialista aquático da Universidade Hebraica, Avner Adin, disse que o número de sardinhas baixou muito e há cinquenta vezes menos “peixes de São Pedro” que há alguns anos: “Deve-se muito ao resultado da pesca ilegal, que usa venenos e outras coisas.”
O governo espera compensar os pescadores legais pelas perdas dos próximos dois anos, mas eles dizem que é um erro proibir a pesca, porque o lago está cheio de surpresas.
“Eu me recordo, era a mesma coisa no ano passado. Um ano sem peixes. No próximo ano, pode ser que o lago esteja cheio de peixes. Nunca se sabe”, acrescenta Froilich.