“Nenhum ministério de qualquer valor acontecerá sem sofrimento. Freqüentemente eu encontro jovens entrando no ministério que estão procurando uma igreja sem problemas, um ministério sem desafios, uma congregação que tornará sua vida fácil. Não existe tal lugar para o pregador da Palavra de Deus”
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Qual o papel do Pastor?
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TV Evangélica
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“Em muitas apresentações do cristianismo na TV no domingo pela manhã ouvimos muito sobre o dinheiro e o sucesso, quase sempre sobre estabilidade psicológica e popularidade social, freqüentemente sobre as glórias do capitalismo e os perigos do socialismo, mas raramente sobre os pobres, os que sofrem, os que são rejeitados e desprovidos de qualquer privilégio.”
John Kavanaugh em Following Christ in a Consumer Society.
Evangélico e HONESTO?
Pesquisa em 35 países revela que brasil é o que mais aceita divórcio
Uma pesquisa conduzida em 35 países por especialistas da Universidade de Granada, na Espanha, indica que o Brasil é o país que melhor aceita o divórcio. Na listagem dos países que mais aceitam o divórcio, o Brasil vem seguido por Espanha, Portugal, Áustria e Chile.
Pesquisa revela que cônjuges religiosos tendem a ser mais fiéis
Pornografia on-line equivale a adultério, diz editor sênior de revista
Cristo eletrocutado – Igreja francesa expõe escultura de Jesus em cadeira elétrica
A catedral da localidade francesa de Gap (sudeste) está sendo alvo de críticas por expor uma escultura do artista plástico Paul Fryer na qual Jesus Cristo é retratado preso a uma cadeira elétrica.
A exibição da escultura valeu inúmeras críticas ao bispo de Gap e Embrun, Jean Michel Di Falco, que é o responsável pela iniciativa.
Entretanto, o líder religioso parece não estar muito preocupado com as críticas, pois ele afirma que os pontos positivos são maiores que os negativos.
Segundo Di Falco, a curiosidade e a polêmica levaram a um aumento do número de pessoas que comparecem às celebrações realizadas pela igreja. Além disso, este é um ótimo pretexto para um debate sobre Jesus Cristo.
(Com reportagem da agência AFP)
Quem manda é o ouvinte
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Reinaldo Polito
Você já deve ter ouvido falar que Garrincha foi tão ingênuo quanto bom de bola. Jogador irreverente, brincalhão, com aparência de quem sempre estava na dele. Levou a vida como se nunca tivesse crescido, com um jeito de menino despreocupado e mais ou menos desligado do mundo.
Foi ainda assim, comportando-se como se pertencesse a outro planeta, que protagonizou histórias que se tornaram imortais. Uma das mais conhecidas aconteceu em 1958, durante a Copa do Mundo na Suécia, e é sempre usada como ilustração para explicar as deficiências de concepção dos planos estratégicos.
Pouco antes do jogo contra a União Soviética, o técnico Feola montou uma tática que julgava perfeita para vencer o jogo. Era algo parecido como orientar o Garrincha para driblar uns dois ou três jogadores da defesa adversária, cruzar na cabeça de um atacante brasileiro e sair para o abraço comemorando o gol.
Garrincha ouviu com bastante atenção e no final fez a pergunta mais óbvia e lúcida que alguém poderia ter feito: ‘O senhor já combinou com o adversário para deixar a gente fazer tudo isso?’
Com a comunicação os fatos não são muito diferentes. Alguns oradores montam as apresentações sem levar em conta a ação dos ouvintes, como se eles fossem se comportar da forma mais favorável possível. São momentos em que a mesma pergunta poderia ser feita: você combinou com a platéia?
Ao planejar uma apresentação, considere em primeiro lugar quais são as características predominantes dos ouvintes. Eu falo predominantes porque é muito difícil encontrar uma platéia homogênea. Entretanto, por mais diferentes que sejam as pessoas, sempre será possível perceber pontos comuns que as identifiquem. São essas características que você precisará levar em conta.
Você não poderá falar para uma platéia constituída de pessoas incultas da mesma maneira como se comunicaria com um grupo de ouvintes de nível intelectual elevado. A comunicação também não poderá ser a mesma para os jovens e para os adultos. Assim como terá de ser distinta se forem especialistas em determinada matéria ou se forem leigos.
Cada uma dessas características exigirá de você um comportamento adequado. Se o público tiver nível intelectual baixo, fale de forma simples e clara sempre que possível, usando ilustrações e metáforas para facilitar a compreensão. Diante de pessoas mais bem preparadas o raciocínio poderá ser mais complexo e abstrato.
Se a platéia for jovem, você poderá obter melhores resultados se falar de planos, do futuro, se acenar com propostas associadas ao amanhã. Por outro lado, se o público for constituído de pessoas com idade mais avançada, suas chances de vitória serão ampliadas se desenvolver o raciocínio e a linha de argumentação com apoio nas informações do passado.
Analise bem a experiência e o conhecimento do público. Se os ouvintes conhecerem bem o assunto, vá fundo e use todo o seu conhecimento sobre a matéria. Se forem leigos, caminhe na superfície e dê explicações básicas, elementares.
Além de identificar as características predominantes da platéia, saiba também quais são as aspirações do grupo que irá ouvi-lo. O que as pessoas desejam? Querem ter dinheiro, segurança, prestígio, destaque social, harmonia familiar, poder? O fracasso baterá à sua porta se, por exemplo, oferecer dinheiro, rentabilidade a uma platéia interessada apenas em segurança. E vice-versa.
Como você não vai poder combinar os lances do jogo com o adversário, altere a tática de acordo com o andamento da partida. Assim, depois de ter estudado bem todos esses aspectos referentes aos ouvintes, fique atento para verificar se as previsões que fez sobre as características e os interesses das pessoas estão corretas.
Se perceber que algum dado não se encaixa com a realidade que está à sua frente, altere o esquema, faça as adaptações necessárias até que a mensagem e a maneira de apresentá-la estejam em sintonia com o público. Aí sim, poderá comemorar a vitória e partir para o abraço.
Fonte: UOL