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Os jovens sul-americanos são mais escolarizados e menos religiosos que seus pais, mas mantiveram as mesmas posições sobre temas morais e éticos polêmicos, aponta um estudo feito em seis países da região.
A pesquisa foi coordenada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicos (Ibase) e suas conclusões, as quais a Agência Efe teve acesso, serão divulgadas na sexta-feira no Rio de Janeiro.
Foram entrevistados sete mil jovens de 18 a 29 anos e sete mil adultos de entre 30 a 60 anos da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, afirmou o Ibase.
As gerações mantiveram a mesmas posições em assuntos como a legalização do aborto e a maconha ou em considerar a corrupção a maior ameaça para a democracia, segundo o estudo.
No entanto, as maiores diferenças entre as duas gerações estão no nível escolar.
A violência apareceu como a maior ameaça para o futuro em primeiro lugar no Brasil (45% dos jovens e 46% dos adultos), depois Paraguai (45% dos dois grupos) e no Uruguai (42% e 39%, respectivamente).
A legalização da maconha tem mais apoio no Uruguai (45% dos jovens e 27,5% dos adultos), Chile (37% e 22% respectivamente) e Argentina (23% e 17%), que no Brasil (22% e 15,5%), Bolívia (7% e 7%) e Paraguai (6% e 7%).
No Brasil a possibilidade que homossexuais sejam professores de menores de idade é aceita por 80% dos jovens e 74% dos adultos, enquanto na Argentina a proporção é de 63% dos jovens e 58% dos adultos, e no Chile, 56% e 44%, respectivamente.
A corrupção é considerada a maior ameaça à democracia por 56% dos jovens e 54% dos adultos no Brasil, 64% dos jovens e 65% dos adultos na Argentina e por 49% dos dois grupos no Chile.
A confiança em que a vida será melhor em dez anos é maior entre os brasileiros, onde 83% dos jovens e o 79% dos adultos se mantêm otimistas, enquanto os argentinos são os mais pessimistas (61% dos jovens e 56% dos adultos).
Fonte: EFE.