Saúde e religião têm estado sempre interconectadas, de forma mais óbvia quando preces são feitas em benefício de alguém doente. Será que as preces intercessórias pelas pessoas doentes de fato ajudam a curá-las?
Por milhares de anos, as pessoas têm acreditado que sim. Mas uma nova pesquisa demonstra que, ao longo dos últimos 40 anos, os estudos médicos sobre as preces intercessórias – as preces de estranhos para alguém que está distante – falam muito mais sobre os cientistas que estão conduzindo os estudos do que sobre o poder das preces para curar.
Por milhares de anos, as pessoas têm acreditado que sim. Mas uma nova pesquisa demonstra que, ao longo dos últimos 40 anos, os estudos médicos sobre as preces intercessórias – as preces de estranhos para alguém que está distante – falam muito mais sobre os cientistas que estão conduzindo os estudos do que sobre o poder das preces para curar.
Intercessão entre religião e medicina
As preces intercessórias têm sido assunto de estudos científicos desde o século dezenove, quando um cientista inglês, assumindo que se rezava mais para os reis do que para as pessoas comuns, quis descobrir se essas preces eram de fato respondidas. Ele concluiu que não, mas que as preces podem ser confortantes para as pessoas por quem se reza.
Depois de entrevistar médicos que se preocupavam com o poder da prece para curar pacientes, a socióloga Wendy Cadge, uma especialista na intercessão entre os campos da religião e da medicina, começou a pesquisar os estudos sobre as preces intercessórias conduzidos desde 1965, o primeiro ano em que esses estudos começaram a ser publicados na literatura médica internacional.
“Esta análise é a primeira a traçar a história social dos estudos sobre preces intercessórias e para situá-las nos seus contextos médico e religioso,” diz Cadge, que leciona na Universidade de Brandeis, no Reino Unido e está para publicar um livro sobre o assunto, intitulado “Chamando Deus: A Religião no Campo da Medicina.”
As preces intercessórias têm sido assunto de estudos científicos desde o século dezenove, quando um cientista inglês, assumindo que se rezava mais para os reis do que para as pessoas comuns, quis descobrir se essas preces eram de fato respondidas. Ele concluiu que não, mas que as preces podem ser confortantes para as pessoas por quem se reza.
Depois de entrevistar médicos que se preocupavam com o poder da prece para curar pacientes, a socióloga Wendy Cadge, uma especialista na intercessão entre os campos da religião e da medicina, começou a pesquisar os estudos sobre as preces intercessórias conduzidos desde 1965, o primeiro ano em que esses estudos começaram a ser publicados na literatura médica internacional.
“Esta análise é a primeira a traçar a história social dos estudos sobre preces intercessórias e para situá-las nos seus contextos médico e religioso,” diz Cadge, que leciona na Universidade de Brandeis, no Reino Unido e está para publicar um livro sobre o assunto, intitulado “Chamando Deus: A Religião no Campo da Medicina.”
Pesquisas sobre preces intercessórias
Cadge avaliou dezoito pesquisas científicas publicadas sobre as preces intercessórias feitas entre 1965 e 2006. Coletivamente, os estudos fornecem um quadro fascinante das mudanças da demografia religiosa, da evolução das ideias sobre o relacionamento entre religião e ciência médica e do desenvolvimento dos testes clínicos como o padrão-ouro da pesquisa biomédica,” afirma a pesquisadora.
“Eu não sei porque os médicos e cientistas fizeram essas pesquisas, mas as crenças religiosas parecem ter desempenhado um papel importante, juntamente com a curiosidade,” diz ela.
Os primeiros estudos, feitos nos anos 1960, basearam-se exclusivamente nas preces protestantes, enquanto os estudos mais recentes, refletindo a crescente consciência social das outras religiões, combinam Cristianismo, Judaísmo, Budismo e preces de outras religiões. Alguns estudos sugerem que as preces funcionam, enquanto outros concluem que não funcionam.
Cadge avaliou dezoito pesquisas científicas publicadas sobre as preces intercessórias feitas entre 1965 e 2006. Coletivamente, os estudos fornecem um quadro fascinante das mudanças da demografia religiosa, da evolução das ideias sobre o relacionamento entre religião e ciência médica e do desenvolvimento dos testes clínicos como o padrão-ouro da pesquisa biomédica,” afirma a pesquisadora.
“Eu não sei porque os médicos e cientistas fizeram essas pesquisas, mas as crenças religiosas parecem ter desempenhado um papel importante, juntamente com a curiosidade,” diz ela.
Os primeiros estudos, feitos nos anos 1960, basearam-se exclusivamente nas preces protestantes, enquanto os estudos mais recentes, refletindo a crescente consciência social das outras religiões, combinam Cristianismo, Judaísmo, Budismo e preces de outras religiões. Alguns estudos sugerem que as preces funcionam, enquanto outros concluem que não funcionam.
Esforços científicos insuficientes
Os pesquisadores aplicaram metodologias científicas para o estudo das preces intercessórias, mas Cadge descobriu que mesmo o enfoque científico veio acompanhado de problemas.
Por exemplo, questiona-se se os grupos de controle – aqueles para os quais não se estava rezando durante a pesquisa – eram de fato grupos de controle, uma vez que seus próprios familiares estavam provavelmente rezando por eles. A análise também questiona qual seria a “dose” adequada de preces, como as preces deveriam ser feitas e como lidar com as intercessões não-cristãs.
Os pesquisadores aplicaram metodologias científicas para o estudo das preces intercessórias, mas Cadge descobriu que mesmo o enfoque científico veio acompanhado de problemas.
Por exemplo, questiona-se se os grupos de controle – aqueles para os quais não se estava rezando durante a pesquisa – eram de fato grupos de controle, uma vez que seus próprios familiares estavam provavelmente rezando por eles. A análise também questiona qual seria a “dose” adequada de preces, como as preces deveriam ser feitas e como lidar com as intercessões não-cristãs.
Campos separados
“Com estudos duplo-cego, os cientistas tentaram dar o melhor de si para estudar algo que pode estar além do alcance das suas melhores ferramentas,” diz Cadge, “refletindo mais sobre eles e seus pressupostos do que sobre se as preces de fato funcionam.”
Refletindo sobre uma tendência recente que tenta tirar a legitimidade dos estudos das preces intercessórias, comentadores da literatura médica concluíram: “Nós não precisamos da ciência para validar nossas crenças espirituais, da mesma forma que nunca usamos nossa fé para validar nossos dados científicos.”
“Com estudos duplo-cego, os cientistas tentaram dar o melhor de si para estudar algo que pode estar além do alcance das suas melhores ferramentas,” diz Cadge, “refletindo mais sobre eles e seus pressupostos do que sobre se as preces de fato funcionam.”
Refletindo sobre uma tendência recente que tenta tirar a legitimidade dos estudos das preces intercessórias, comentadores da literatura médica concluíram: “Nós não precisamos da ciência para validar nossas crenças espirituais, da mesma forma que nunca usamos nossa fé para validar nossos dados científicos.”
Fonte: DS.