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Ironicamente, o título do filme é Criação, mas é o evolucionismo que está a impedir que encontre um distribuidor nos Estados Unidos da América.
Algumas sondagens indicam que menos de metade dos americanos acreditam na teoria da evolução das espécies, elaborada por Charles Darwin há 150 anos.
Oposição ao evolucionismo é particularmente forte entre setores evangélicos da população americana. Um site que analisa filmes sob uma perspectiva cristã (evangélica), define Darwin como “um racista, cujo legado é o homicídio em massa”, e explica que a sua teoria influenciou diretamente Hitler, conduzindo a “atrocidades, crimes contra a humanidade, clonagem e manipulação genética”.
Darwin tem sido usado como símbolo do triunfo da razão sobre a fé, por muitos grupos e figuras anti-religiosos, como o cientista Richard Dawkins.
Na verdade, o pai da teoria da evolução confessou perder a sua fé em Deus após a morte da sua filha Annie, com apenas 10 anos de idade, mas demonstrou sempre muito respeito pela religião e a sua mulher era muito devota.
O Papa João Paulo II pôs fim a várias décadas de condenação oficial do evolucionismo, definindo-o como “mais do que uma teoria”, mas a Igreja continua a condenar uma visão estritamente darwinista da evolução, que vê esta como um processo absolutamente cego e à mercê dos acasos da natureza.
Fonte: Rádio Renascença