>
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (11), na Universidade de Tel Aviv, que tanto ele como o presidente Barack Obama sabem que seu país não tem “melhor amigo na comunidade internacional do que Israel”.
Em um discurso intitulado “A Perdurável Associação entre Estados Unidos e Israel, Biden voltou a ressaltar os “laços inquebrantáveis” entre ambos os países.
O vice de Obama destacou que “só um amigo pode dizer as verdades mais dolorosas” a outro e que a perpetuação do conflito no Oriente Médio é “insustentável” e guarda consequências “inimagináveis”:
– O status quo não é sustentável.
O vice-presidente americano arrancou aplausos da plateia ao voltar a criticar Israel pelo anúncio da construção de 1.600 novas casas em território palestino, justo quando chegava à região para relançar as negociações de paz indiretas entre os dois lados.
O anúncio da expansão das colônias durante a visita do americano provocou um início de crise entre Estados Unidos e Israel, aparentemente sanada após um pedido de desculpas oficial dos israelenses.
Biden não comentou, no entanto, a decisão dos palestinos de cancelar o diálogo indireto até que o projeto para a ampliação de uma colônia em Jerusalém Oriental seja anulado.
Em tom de proximidade, às vezes, paternalista, o vice de Barack Obama disse aos israelenses que “o ciclo (de violência) deve ser quebrado”, já que “não é segredo que as realidades demográficas põem em risco um lar judeu democrático à revelia de um Estado palestino”:
– Vocês não têm mais escolha, a não ser se prepararem para o futuro. A paz é uma oportunidade que é preciso agarrar.
Biden voltou a salientar a importância da retomada nas negociações de paz:
– O mais importante destas conversas é que elas avancem com rapidez e sejam de boa-fé. Não podemos adiar os avanços porque, quando isso acontece, os extremistas aproveitam nossas diferenças.
Ainda hoje, o vice-presidente dos Estados Unidos se reúne com o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak. A questão mais importante na pauta, além do conflito na região, é o polêmico programa nuclear do Irã.
Fonte: R7