O TJ-SP (Tribunal de Justiça) de São Paulo trancou ação penal contra Veríssimo de Jesus, integrante da Igreja Universal do Reino de Deus, acusado de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Na ação, que está em segredo de justiça, outros nove membros da igreja, entre eles o bispo Edir Macedo também são processados.
A decisão, tomada pela 16ª Câmara de Direito Criminal do TJ em março e divulgado agora, já foi comunicada ao Ministério Público, que analisa se irá recorrer.
A ação foi trancada porque o tribunal entendeu que a denúncia não evidenciou a participação do acusado no esquema. Segundo os juízes, ele não pode ser acusado apenas por ter sido diretor da igreja no período investigado.
O advogado Daniel Bialski, que defende Jesus, afirmou que a decisão pode ajudar os outros envolvidos. “Os motivos que levaram o tribunal a trancar a ação penal em relação a Veríssimo aproveitam a todos os outros”, disse o advogado que também defende João Luís Dutra Leite.
Em agosto do ano passado, a 9ª Vara Criminal de São Paulo aceitou a denúncia contra os integrantes da Universal e determinou o segredo de justiça na ação.
O Ministério Público acusa Edir Macedo e os demais envolvidos de usarem a Igreja Universal para a prática de fraudes em detrimento da própria igreja e de inúmeros fiéis. A defesa da igreja sempre negou as acusações.
Segundo o Ministério Público, a movimentação suspeita da Universal somou R$ 4 bilhões de 2003 a 2008.
Além de Jesus e Edir Macedo, foram denunciados Alba Maria da Costa, Edilson da Conceição Gonzales, Honorilton Gonçalves da Costa, Jerônimo Alves Ferreira, João Batista Ramos da Silva, João Luís Dutra Leite, Maurício Albuquerque e Silva e Osvaldo Scriorilli.
Fonte: Folha