O médico recusou-se a realizar um aborto em 2008 numa menina mentalmente incapacitada. Dr. Germán Arango Rojas diz que só viu a menina uma única vez e recusou fazer o aborto por razões de consciência.
Apesar do fato de nunca lhe permitiram apresentar uma defesa. Arango foi condenado, multado e suspenso de exercer a medicina.
O caso se tornou público em dias recentes por causa de uma decisão do principal advogado do governo, o procurador, de contestar o veredicto no Tribunal Constitucional, o mesmo tribunal que derrubou as penalidades criminais para o assassinato de bebês em gestação em casos de estupro e deformidade fetal em 2006. Todos os outros abortos continuam a ser penalizados na Colômbia.
O Executivo da Colômbia sob Álvaro Uribe apoiou a decisão do Supremo Tribunal e multou pelo menos um hospital católico por recusar a realizar um aborto. Nesse caso, o médico está sendo defendido, não por causa de sua oposição ao aborto ou mesmo em apoio aos direitos dele de consciência, mas em vez disso porque não permitiram que ele se defendesse.
O procurador Alejandro Ordóñez Maldonado diz que a sentença é “uma violação manifesta dos direitos fundamentais de justiça, igualdade e processo devido” e diz que o médico foi condenado “na teoria”, sem evidência suficiente.
Embora o governo de Uribe tenha mostrado hostilidade ao direito à vida em anos recentes, as ações que estão sendo adotadas na defesa do Dr. Arango Rojas podem refletir uma política nova mais pró-vida no governo de Uribe e na Colômbia como um todo.
Em novembro do ano passado, o Conselho de Estado da Colômbia anulou um decreto do Supremo Tribunal que exige que todos os hospitais mantenham um médico na equipe para realizar abortos. Em dezembro Ordóñez Maldonado também exigiu que a “pílula do dia seguinte” fosse removida dos locais de venda devido a seus efeitos abortivos.
Fonte: Pátio Gospel