Interpol também lançou alerta global a seus 188 países membros. Ataques poderiam ocorrer em resposta a protesto de grupo religioso.
O Departamento de Estado dos EUA lançou nesta quinta-feira (9) uma advertência a seus cidadãos em todo o mundo sobre a possibilidade de atentados serem cometidos contra eles em resposta aos planos do grupo integrista cristão americano de queimar no sábado (11) exemplares do Alcorão, livro sagrado dos mulçumanos.
Também nesta quinta-feira, a organização internacional de cooperação policial (Interpol) lançou um alerta global a seus 188 países membros advertindo que existe uma grande possibilidade de atentados.
O secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, disse que advertiu aos Estados membros que “se o propósito de queimar o Alcorão (…) for realizado como está planejado, há fortes probabilidades de que ocorram depois ataques violentos contra gente inocente”.
“Apesar de na atualidade não haver detalhes específicos sobre que tipo de atentados terroristas ocorrerão, o que está claro é que se o Alcorão for queimado, como está planejado, haverá consequências trágicas”, afirmou Noble em uma declaração.
Ódio
O presidente dos EUA, Barack Obama, alertou que queimar o livro sagrado dos muçulmanos vai incitar o ódio e a violência contra os americanos. Para Obama, os plano do pastor Terry Jones poderia provocar ataques suicidas da Al Qaeda.
“Isto é um incentivo para o recrutamento pela Al Qaeda”, disse Obama, em uma entrevista ao programa de televisão “Good Morning America”, da TV ABC. “Pode haver grave violência em lugares como Paquistão e Afeganistão. Isto pode ampliar o recrutamento de pessoas que desejariam se explodir em cidades americanas ou cidades europeias.”
Convocação
O governo Barack Obama está discutindo se vai convocar o pasto para lhe pedir que cancele os planos de queimar o Alcorão, informou o Pentágono nesta quinta-feira.
“Essa possibilidade está atualmente em discussão no governo”, disse o porta-voz do Pentágono, Geoffrey Morrell, quando questionado se chamariam o líder de uma pequena igreja na Flórida.
O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, confirmou a informação e disse que “não sabe se foi alcançada uma decisão final sobre isso”.
Fonte: G1