No Zimbábue, na última quarta-feira, 08, foram emitidas notícias de que as igrejas do país estavam prestes a enfrentar grande violência política. Essa violência política, sem dúvida, tem como objetivo colocar medo nas igrejas, para que elas se calem perante uma provável eleição fraudulenta.
Os ataques visam forçar as igrejas a adotarem posições de submissão se quiserem sobreviver. Em 2 de julho o Bispo de Harare, reverendo Chad Gandiya, lançou um apelo urgente de oração com foco principal na perseguição.
No domingo, 29 de maio, um sacerdote que pertence ao partido pró-Mugabe invadiu a casa do reverendo Charles Muzanenhamo, líder anglicano na área de Mubayira. Muzanenhamo estava longe, visitando igrejas na região rural. Quando o avisaram sobre a invasão, ele voltou imediatamente e expulsou o intruso de sua casa. No entanto, quando a polícia chegou, prenderam Muzanenhamo, acusando-o de assalto.
Ele teve que passar a noite na prisão, antes de um bispo poder retirá-lo.
Na mesma noite, o diácono Noel Magaya, foi despejado de sua casa. E mais uma vez, a polícia ficou do lado dos criminosos. Em 30 de maio, quando o reverendo Júlio Zimbudzana tentou avisar a polícia sobre o despejo de Magay, eles se recusaram a abrir um boletim de ocorrência. Assim, o incidente “nunca aconteceu.”
Na noite de 1º de junho, a congregação do bispo Gandiya foi invadida por bandidos da facção Kunonga. Alguns membros da igreja tentaram impedir a invasão, mas não conseguiram e os assaltantes ainda conseguiram fugir, menos um que foi contido pelos membros da igreja, que o levaram até a polícia. Quando eles voltavam para a igreja, a polícia havia cercado o templo, e prendeu todos os que estavam ali, desde mulheres até pessoas com idade avançada. Todos foram liberados dois dias depois, após as falsas acusações serem rejeitadas.
Os líderes das igrejas disseram que muitos crentes “estão muitos traumatizados com toda a situação.” Alguns dos sacerdotes compartilharam que os filhos dos membros também estão sendo afetados, pois estão extremamente preocupados com a segurança de seus pais.
Fonte: Portas Abertas