As tatuagens que cobriam o rosto do americano Bryon Widner não só evidenciavam o ódio que ele nutria por pessoas com aparência diferente da sua. Com o passar do tempo, começaram a perturbá-lo de tal forma,que fez com que ele pensasse em removê-las a todo custo.
Bryon era o violento líder de uma gangue que pregava a supremacia branca. Seu rosto e corpo exibia o orgulho das suas decisões.
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Entretanto, apesar de toda fama, a vida de Bryon virou um verdadeiro inferno quando ele decidiu abandonar o passado (e todas as suas crenças) para tornar-se um pai de família e levar uma vida normal.
De acordo com o Daily Mail, depois de casar em 2006, o casal (ela era membro da Aliança Nacional) começou a colocar o passado racista de lado. No entanto, o passado continuava muito vivo, em símbolos tatuados em todo o corpo: uma navalha encharcada de sangue, suásticas, as letras “ódio” estampada em seus dedos e vários outros símbolos.
Bryon disse que era impossível levar uma vida normal. As pessoas olhavam para ele e viam um bandido ameaçador, não um homem tentando recomeçar a vida.
Foi então que o casal começou a buscar formas de apagar as tattoos no rosto de Bryon. Entretanto, tratamentos para remoção de tatuagens faciais são extremamente raros, e poucos médicos são treinados para uma cirurgia tão complexa. Além disso, eles não podiam pagar e não tinham plano de saúde.
Foi então que, de acordo com o Daily Mail, Bryon começou a investigar receitas caseiras, olhando ácidos dérmicos e outras soluções. “Eu estava totalmente preparado para apagar meu rosto com ácido”, disse ele.
Por uma ironia do destino, a vida do ex-skinhead começou a mudar com a ajuda de um ativista que luta pelo fim dos violentos grupos preconceituosos.
Daryle Jenkins dirige um grupo anti-skinheads chamado “Projeto Um Povo”, com sede em Filadélfia. Com 43 anos de idade, ele alerta as pessoas para se organizarem contra os nazistas.
Depois de conhecer Bryon, Jenkins se convenceu que ele realmente estava motivado a mudar de vida e iniciou uma busca por conseguir um profissional que fizesse com que as tatuagens do ex-skinhead sumissem.
Em 2008, depois de muita espera, uma pessoa, que preferiu manter-se anônima, resolveu custear todo o tratamento.
Em junho de 2009, Bryon iniciou a primeira sessão de laser. Ele contou que sua mente girava num misto de ansiedade e esperança. A enfermeira anestesiou seu rosto, colocou óculos de proteção e injetou um anestésico local. Segundo ele, nunca tinha sentido tanta dor na vida.
Dois anos depois, Bryon Widner finalmente conseguiu ter seu rosto de volta. Agora ele usa camisa social de mangas compridas e vive como qualquer outro pai de família, além de combater os grupos nazistas.